ALMANAQUES PERDIDOS DA EBAL [6]
- vamilustrador
- 6 de fev. de 2021
- 6 min de leitura
>> O "Almanaque dos Heróis", as vezes também chamado de "Almanaque O Herói", foi o primeiro a ser lançado pela EBAL e com ele se comemorou um ano de publicação do gibi de mesmo nome, que foi o primeiríssimo a passar pela rotativa do ainda pequeno parque gráfico instalado no prédio sede da editora, no bairro de São Cristóvão. Ele que precedeu os almanaques "Quadrinhos" e "Super-Heróis" se provou como o mais genérico da editora. Pois em suas páginas passaram personagens dos mais variados.
De 1948 a 1955 as aventuras de intrépidos órfãos, aguerridos pilotos de jatos, perigosos homens e mulheres das selvas africanas, ousados agentes secretos, cowboys paladinos e fantasiosos super-heróis engrossaram os mixes de suas edições. A partir de 1956 os cowboys dominaram a publicação, com destaque para três deles, Durango Kid, Buck Jones e Kit Carson. Porém com o evidente sucesso das histórias ambientadas no Velho-Oeste um gênero quase que absoluto nas décadas 50/60, vários outros títulos começaram a ser criados pela EBAL, tais como Aí, Mocinho!, Reis do Faroeste, Super X e Zorro, cada um com seu respectivo almanaque e por isso aparentemente "Os Heróis" acabou perdendo sua função em 1960.

Somente em 1976, após um hiato de quinze anos, ele seria resgatado para suprir a falta dos anuais de Superman e Batman, mesmo assim foi uma edição bem meia-boca sem nenhuma grande história que ficasse para a posteridade. Seu maior trunfo foi a linda capa assinada por Antonio Euzebio, o mesmo autor da edição de 1960. No ano seguinte, parecia que "Os Heróis" iria recuperar seus dias de glória quando ele foi dimensionado para sediar o confronto titânico "Super-Homem vs. Homem-Aranha", mas que nada, ele tornou a ser esquecido até que em 1980, em sua derradeira edição, mais uma vez seria resgatado de forma melancólica, aparentemente para que a EBAL desovasse algumas histórias de Guerra com os soldados do "Tanque Mal Assombrado" que vinham no mix da revista americana "G.I. Combat", e que sobraram da mensal tupiniquim do Sgt. Rock.

Já deu pra notar então, que eu teria muito trabalho, se quisesse preencher todos os dezessete anos em que "O Herói" não deu as caras numa banca de jornal, porém vou me valer do argumento de ter focado minhas conjecturas até agora, a partir de 1970 que marca a fase final das atividades entre EBAL e DC, tendo apenas como exceção da regra, o ano de 1961 por conta do Almanaque Superman com capa do George Reeves, somente pelo fato dele ser o maior super-herói de todos os tempos!
Mas antes de começar a viagem, um interlúdio na velocidade da luz:
Barry Allen - O Flash II, é provavelmente o 4º personagem DC mais conhecido entre os fãs de quadrinhos, cinema e TV. E ele é o segundo, pois ao contrário daqui, o "Joel Ciclone" nos E.U.A também se chama Flash. E podemos notar que o conceito de um herói velocista fez tanto sucesso que só na Era DC/EBAL outros quatro foram criados: Kid Flash, Ted Multiple, Max Mercúrio e o vilão Flash Reverso.
Criado em 1956 pelo trio Carmine Infantino, Julius Schwartz & Robert Kanigher, suas aventuras se diferenciavam na época por se valerem de teorias científicas, tornando-se mais críveis aos olhos da garotada. Ele fez sua estreia pela EBAL em setembro de 1967 junto com a Liga da Justiça em "Os Justiceiros", já no mês seguinte ganhou revista própria que durou 27 edições.
Após o seu cancelamento passou a aparecer em diversos quadrinhos da editora, até chegar em agosto de 1977 e passar a dividir a publicação "2 em 1 Invictus" com a dupla verde, Lanterna & Arqueiro por outras 20 edições. Sendo novamente cancelado, pipocou aqui e acolá, até ganhar em março de 1982 a "edição de verão" de A Maior, em formato magazine, com capa de José Luis García-López.

A EBAL deixou de publicar uma grande quantidade de histórias do Barry Allen, principalmente entre as edições #179-237 de seu título original. E tenho certeza que algumas poderiam muito bem compor outras edições especiais, se a editora dos Aizen assim o desejasse. E é me valendo desse grande hiato, que agora apresento os Almanaques dos Heróis para...

- - - ALMANAQUE DOS HERÓIS PARA 1978 - - -
A vantagem dessas edições antigas da DC, é que sempre apresentavam histórias autocontidas, então separei quatro delas para montar esse almanaque e os motivos estão nas sinopses. "The Flash" #222 e #225 trazem duas aventuras conjuntas de Barry Allen com outro membro fundador dos "Justiceiros", Hal Jordan o Lanterna Verde II. Ele assim como nosso velocista escarlate, também teve um antecessor, Alan Scott que foi reformulado tendo a ciência como base. Os dois marcaram o início da Era de Prata da DC.
A edição #222, teve sua capa escolhida para convocar a garotada a comprar logo de cara esse almanaque; ela tem um roteiro típico da época, fazendo com que os heróis após se desentenderem de início, tenham que unir forças contra dois de seus arqui-inimigos: Sinestro e o Mago do Tempo;
Na edição #225, já temos uma trama mais complexa que envolve viagem no tempo, graças a um plano sórdido do Prof. Zoom - o Flash Reverso, mas que também não é um tema incomum nas aventuras dos personagens;

Na época em que essas edições foram publicados pela DC, o Lanterna Verde estava sem título próprio, então além de formar uma superdupla nessas duas primeiras, ele também teve muitas outras aventuras curtas complementando o título de seu camarada, como a edição #223 em que Flash tem que provar que é mais rápido do que qualquer um dos três homens que pilotam os veículos mais velozes do planeta. Mas oque parece apenas um arrogante desafio de corredores se revela como um engenhoso plano do vilão Arthur Light - o Dr. Luz. Enquanto que o Lanterna Verde é emboscado na Terra por um alienígena em forma de inseto, que tenciona usar a bateria de energia do herói, para recarregar um estranho e misteriosos artefato que carrega fixo, junto ao seu corpo.
E na edição #224, Barry Allen tenta mas não consegue evitar que um candidato a promotoria pública de Central City seja assassinado. Após prender o pistoleiro contratado, ele vai atrás do mandante, mas parece que não estará sozinho nessa empreitada, o assassino que fora envenenado na prisão, também busca vingança, como o Homem Morto Mais Rápido da Terra, enquanto que Hal Jordan, após capturar um assaltante, tem que provar para a policia, que seu Anel de Poder não poderia ter desintegrado toda a grana roubada, durante sua investida contra um simplório bandido.

- - - ALMANAQUE DOS HERÓIS PARA 1979 - - -
Mais fácil do que escolher o conteúdo para esse almanaque, impossível! Novamente recorri a fantástica coleção DC Special Series, como fiz quando imaginei os almanaques Superman 77 e Batman 78. Essa coleção sempre apresentava edições fechadas variando de personagens e alguns dos seus 27 volumes, foram realmente adaptados pela EBAL, como essas três que tem em comum capas de JLGL.

E agora foi a vez de DC-SS #11 - The FLASH: Beyond the Super-Speed Barrier! publicada um ano antes, a aventura gigante "Além da barreira da super velocidade!" é contada através de quatro capítulos. Nela, Jroyy um soldado do Gorila GRODD utiliza um estranho artefato, para manipular a força de aceleração acessada por Flash, Kid Flash e Joel Ciclone afim de criar um portal dimensional através da tal barreira, capaz de libertar seu comandante que está preso na Cidade Gorila, prestes a ser executado. Uma trama recheada de situações fantásticas e dezenas de coadjuvantes famosos, sobrando até para o Ted Multiple, (ou Johnny Quick no original) que é o outro dos velocistas citados no começo; ele é capaz de mover-se em super velocidade, sempre que recita a fórmula geométrica especifica (3x2(9YZ)4A).

( Fonte: guiadosquadrinhos.com / guiaebal.com / comicvine.com )
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