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ALMANAQUES PERDIDOS DA EBAL [2]

  • VAM!
  • 20 de jan. de 2020
  • 5 min de leitura

>> Superman e Tarzan foram os heróis em quadrinhos que mais tiveram projeção durante a Era EBAL, com os seus títulos próprios ultrapassando 500 edições cada, além de ganharem várias publicações extras e é claro os aguardados almanaques de final de ano.


Em se tratando do Super-Homen, ele que chegou em São Cristóvão em novembro de 1947 e apareceu numa edição anual pela 1ª vez no Almanaque dos Heróis de 1949; Hoje em dia uma relíquia, muito luxuosa pra época, com sua capa dura em formato maior e páginas impressas em uma única cor através do processo da rotogravura.


O sucesso do novo produto gráfico foi tamanho que a EBAL resolveu multiplicar a quantidade de almanaques nos anos seguintes, mas não sem antes tornar o formato mais acessível comercialmente, ampliando assim a sua popularidade. E em 1950, o "Último Filho de Krypton", cuja fama já era evidente no Brasil, ganhou seu próprio anual, passando então a ser publicado quase que ininterruptamente até 1983, quando a editora rompeu sua parceria de longa data com a DC, iniciada quando essa ainda era conhecida como National Comics.


Na soma final, em 36 anos de trajetória, o Homem-de-Aço teve um total de vinte e sete anuais publicados, só deixando de estrelar um super-almanaque em três oportunidades:

Sem dúvida nenhuma foi uma trajetória vitoriosa, mas nem sempre uniforme e padronizada:


Entre os Anos de 1955 e 1960 estampou-se o nome "Almanaque de Superman & Batman"; Talvez como um teste de aceitação para o Homem-Morcego, que só ganharia o seu próprio Bat-Anual a partir de 1964;


Em 1975 a editora do Sr. Aizen publicou como "Edição Especial da Revista Superman", o Almanaque "NOSTALGIA" no formato "Treasury". Trazendo uma reprodução gigantona de Action Comics #1 (um gibi que dispensa apresentações);


No ano de 1978, quando EBAL já adotara o formatinho em várias de suas publicações, ele foi novamente rebatizado como Almanaque de Superman "COM" Batman, trazendo apenas aventuras da super-dupla;


Em 1981 foi a vez da palavra "Almanaque" mudar para "Livro do Ano", porém acabou sendo o único assim e antes da EBAL "largar o osso", Kal-El ganhou em 82/83 umas duas ou três edições em formato magazine, que de tão especiais são consideradas substitutas à altura, pelos colecionadores.


Ah! E antes que me corrijam, as edições especialíssimas do Super-Homem contra: Mulher-Maravilha, Shazam! e Homem-Aranha também no formato "Treasury" foram sim, almanaques anuais, só que por outras revistas: "Quadrinhos", "Super-Heróis" e "Heróis".

Mas voltando aos anos em aberto, assim como fiz com Homem-Morcego, a Batdeira vai tratou de preenchê-los com sua mistura imaginária, sempre baseada na diagramação e técnicas gráficas utilizadas pela editoria de arte da época, pois fazer desse jeito é torna a brincadeira bacana.

Aqueles privilegiados que possuem antigas edições da EBAL, sabem que muitas vezes os editores escolhiam como capas, fotos de divulgação de filmes e seriados contemporâneos. Tarzan e Zorro por exemplo, sendo muito populares no cinema, ganharam várias delas, assim como os múltiplos Reis do Faroeste, isso porque as editoras americanas de onde a EBAL extraía suas histórias tinham esse direcionamento de arte como de praxe.


Por conta disso, aqui no Brasil a EBAL estendeu esse conceito até para as Duplas-Dinâmicas¹, em algumas oportunidades; Mas os fãs do maior Super-Herói do Mundo, não tiveram a mesma sorte. Somente o primeiro refugiado de Krypton, o "mirrado" Kirk Alyn é que posou numa capa da editora, enquanto que o "simpaticão" George Reeves nem de longe foi avistado. O motivo mais provável é que os detentores dos direitos autorais não autorizaram sua reprodução ou cobraram muito por ela. Mas através desse retroativo "fanfic" isso não foi impedimento:

Uma das técnicas gráficas da época, na ausência de fotos coloridas era se colorir fotos em P&B mesmo. O que antes era feito de forma artesanalmente trabalhosa, hoje em dia é facilmente conseguido através do Photoshop, com um resultado totalmente nostálgico.


Caso tivesse existido de verdade, esse Super-Almanaque prestaria uma justa homenagem, mesmo que póstuma, ao 2º Melhor Super-Reeves de todos os tempos, que em 1961 apesar de continuar mantendo forte presença no imaginário popular, já completava dois anos de falecimento².


Quanto ao conteúdo, digo apenas que o mesmo seguiu o padrão estabelecido pela EBAL. Uma miscelânea de aventuras do Homem de Aço, Batman & Robin e outros heróis de escalões inferiores da National.

As "Limited Collectors' Edition" em formato "Treasury" eram um verdadeiro tesouro, pois davam à EBAL chance de capturar tanto a atenção dos colecionadores como leitores ocasionais, cativados pelo formatão e seu rico conteúdo. Pois apresentavam sempre uma mini-antologia com histórias de diversas épocas, seguidas de uma série de brindes interessantíssimos. E esse foi caso do Almanaque de Superman para 1976.

Que seguindo o padrão do hoje cobiçadíssimo Almanaque de Batman de 1975, além de cinco super-aventuras das décadas de 40-60 totalmente coloridas, traria em suas páginas centrais um gigantesco poster assinado por Neal Adams (eu acho!), um diorama 3D para quem fosse louco o bastante pra recortar a contra-capa da edição e passatempos variados, como aprender a desenhar com o Mestre Curt Swan.

Me pergunto qual a graça de ilustrar o Super-Homem correndo? Será que fica valendo pelo inusitado?

Da série "DC Special" (a mesma que serviu de base para o Bat-Almanaque imaginário de 78), resgatei essa edição #5 com capa assinada por José Luis García-Lópe e Dick Giordano, totalmente dedicada ao Homem-de-Aço, protagonizando uma épica aventura com ares bíblicos em suas 80 páginas.


"A Segunda Vinda do Super-Homem / The Second Coming of Superman" Por Cary Bates, Curt Swan e Vince Colleta, tem um argumento pra lá de interessante:


Uma raça alienígena que já habitou a Terra, milhares de anos no passado, foi tornada imortal, quando o Super-Homem fez uma viagem no tempo, sabe-se lá por qual motivo. Agora no tempo presente (1977 é claro) em seu próprio planeta, o Povo Quorxans aguarda a "Segunda Vinda" de seu Deus venerado, para conduzi-los a um novo patamar em suas existências, mas se depender da união do computador-vivo Brainiac e o gênio científico maldoso Lex Luthor, esse retorno do Super-Homem pode significar o fim da civilização Quorxaniana.

A exemplo do "real" Almanaquinho de Batman de 1977, o Superman também teria ganho esse diminutivo

Em outubro de 1951, a garotada pode levar pra casa a edição #49 do gibi do Homem de Aço com Kirk Alyn em "UMA CENA IMPRESSIONANTE DO SUPER-HOMEM NO CINEMA, FILME EM SÉRIE DA "COLUMBIA".


Uma eficiente forma de divulgação da época, também utilizada com a 1ª Dupla-Dinâmica das matinês de cinema formada por Lewis Wilson & Douglas Croft, assim como a "definitva" de Adam West e Burt Ward, por ocasião do lançamento do longa metragem "Batman, o Homem Morcego" em 1966 pela "FOX":

George Reeves, pseudônimo de George Keefer Brewer, aparentemente cometeu suicídio em Junho de 1959 com meros 45 anos! Segundo consta oficialmente, por se encontrar em profunda depressão por não conseguir desassociar sua imagem do SUPERMAN, impedindo-o de conseguir novos papéis em Hollywood, após o cancelamento de "As Aventuras do Super-Homem" em 1958.


Um ótimo filme sobre esse período em sua vida foi lançado em 2006 "Hollywoodland" com Ben Afleck interpretando-o rechonchudo ator, que dizem as fofocas de bastidores também poderia ter sido assassinado por estar "voando" pro quarto de mulher casada. Quem não viu, fica a dica.

Fontes: (guiaebal.com / guiadosquadrinhos.com / comicvine.com / pt.wikipedia.org/wiki)



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