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ALMANAQUES PERDIDOS DA EBAL [7]

  • Foto do escritor: vamilustrador
    vamilustrador
  • 12 de dez. de 2021
  • 5 min de leitura

>> Depois do Homem-Aranha podemos considerar que o Capitão América, foi o herói Marvel que melhor tratamento recebeu pela editora do bairro de São Cristóvão, pois afinal ele foi o único além do Teioso a ganhar título próprio colorido?


Nem tanto, foram apenas nove edições entre (Abr/70 e Dez/73), com uma interrupção brutal de 16 MESES entre os nº4 (Out/70) e nº5 (Mar/73). E isso aconteceu porque a EBAL desistiu do personagem e depois voltou a publicá-lo simples assim ou, nem tanto.

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Essa escasseeis de edições tornou a série uma das mais cobiçadas


E foi somente pesquisando no Guia dos Quadrinhos (claro!), que consegui entender essa cronologia de acontecimentos, além de ter encontrado um argumento lógico para "validar" mais uma etapa do projeto imaginário mais longevo da Batdeira. E quem melhor para protagonizar o Almanaque dos Heróis para 1975 do que ele? Afinal Steve Rogers lutou bravamente no período mais sombrio do Humanidade para ao final, ser congelado vivo por décadas e despertar numa realidade futurista (o nosso presente) pronto para defender a Senhora Liberdade, mais uma vez sem pestanejar nem por um segundo. Quer representação de heroísmo maior do que esta?

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Ele estreou na hoje famosa "Capitão Z" #0, que fez parte da inesquecível promoção dos Super-Heróis SHELL, em 1967, como já vimos aqui antes, no meio de uma trama, que ficou inédita no Brasil em sua plenitude até Jan/80, quando a Editora Abril passou a resgatar antigas histórias da Casa das Ideias sob o selo "Grandes Momentos Marvel".


Steve Rogers, dividiu o título "Capitão Z" com o Homem de Ferro por 34 números (Jul/67 a Mai/70) e depois ambos se juntaram ao Poderoso Thor, oriundo de "Álbum Gigante" em "A Maior" (Jun/70). Essa nova versão da revista, durou outros 21 números, até ser descontinuada (Set/72). Ela que primeiro saia mensalmente passou a ser bimestral em suas últimas edições.

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Para juntar os Vingadores Primordiais, somente um titulo chamado "A Maior"


Pois no mesmo ano de 1972, Thor, Homem de Ferro, Hulk, Namor, Quarteto Fantástico e Demolidor (rebatizado de Defensor Destemido) foram parar na GEA (Grupo de Editores Associados) uma editora "nanica" que se aventurou com os heróis Marvel, mas não conseguiu emplacar nem quatro meses de publicação. E isso se explica, pelo fato das parcas edições terem sido fruto de um ardiloso golpe no mercado editorial, como relata o colecionador Alexandre Morgado em seu, agora esgotado, livro "Marvel Comics - A Trajetória da Casa das Ideias no Brasil" (2ª edição).


Só que ao contrário dos outros Vingadores que ficaram no "limbo" até 1975 com a entrada da Bloch Editores, no Universo Marvel Tupiniquim, o Capitão e seu "parça" Falcão que apareceram pela última vez em "A Maior" #15 (Dez-Jan/71), foram retomados pela EBAL, em sua revista colorida na edição #5 (Mar-Abr/73) para evitar que a GEA também se apropriasse deles segundo informa o Guia dos Quadrinhos.

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Picaretagem bem feita, os gibis da GEA rivalizam em beleza com os da EBAL


"Capitão América em Cores" seguiu até a edição #9 de forma bimestral e depois migrou para "O Homem-Aranha em Cores" #1 (Jan-fev/74) com a mesma periodicidade por mais oito edições, até que em Fev/75, a Bloch Editores "tomou" tanto ele quanto o "Cabeça de Teia" pra si e passou a ter a exclusividade Marvel por aqui, lançando os seus famosos (ou seriam infames?), "formatinhos psicodélicos".

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No Aranha em Cores #7, o Capitão fez dupla com Peter Parker e Sam Wilson


A Bloch, mostrando que não entendia nada de cronologia e coerência editorial, fez uma zona com a já desrespeitada "Timeline Marvel". Por exemplo; com o Aranha ela voltou ao início, já o Capitão seguiu em diante, dando uma pequena avançada no título americano. Com isso ela deixou na mão os leitores que já sofriam tentando acompanhar o Bandeiroso na EBAL ao ignorar a continuação de Captain America #147 que termina em total suspense com a chamada "O Longo Sono", história essa que somente foi concluída no Brasil seis anos depois, pela Editora Abril em 1981. Já que a Bloch tomou como ponto de partida Captain America #156.

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Boca aberta maior, só do leitor que ficou sem saber o final a aventura


E foi pensando numa solução para esse final amargo que resolvi inventar o Almanaque dos Heróis 1975! No melhor estilo, "desovar estoque". Afinal, quem pode afirmar que as mesmas histórias já não tinham sido licenciadas pelos Aizen?


_ E aqui vale ressaltar mais um mérito da Editora Abril, duvido muito que Jotapê e Elcio deixassem uma ponta solta dessas, muito provavelmente juntariam a sua conclusão numa edição com mais páginas, até pelo mesmo valor, se bobear.


Quanto ao Almanaque imaginário, que é oque justifica toda essa pesquisa; ele seria publicado em Janeiro, mesmo mês em que a EBAL levou as bancas seus últimos, O Homem-Aranha #70 e O Homem-Aranha em Cores #8. Em uma edição enxuta, com três aventuras "supimpas" para marcar a saída de nossos heróis do QG de São Cristóvão de forma bonita!

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> "O DESPERTAR DO HIBERNANTE"

Na Marvel: CA #148 (Abr/72) / No Brasil: CA #22 - Abril (Mar/81).

_ Começando com a revelação de que é o Caveira Vermelha, quem deixou a dupla heroica e o Rei do Crime de olhos arregalados e de bocas abertas na edição anterior, tem como grande ameaça o despertar da quinta versão dos poderosos robôs nazistas hibernantes. E quem, com mais de 40 anos, não se lembra deles, quando apareceram na série "desanimada" do Capitão Asa?!


> "TODAS AS CORES DO MAL"

Na Marvel: CA #149 (Mai/72) / No Brasil: CA #23 - Abril (Abr/81).

_ Enquanto Falcão persegue um furgão suspeito, Steve Rogers bate-boca com Nick Fury. Esse é o início de uma aventura muito estranha, onde a dupla de paladinos começa enfrentado o mercenário francês Batroc e acaba de frente com ninguém menos esquisito do que o Estranho.


> "O COMPRADOR DE ALMAS"

Na Marvel: CA #150 (Jun/72) / No Brasil: CA #23 - Abril (Abr/81).

_ Capturados pelo Estranho, Capitão, Falcão e Batroc são imobilizados. Porém, eles descobrem que se trata de Jakar, um sósia de outra dimensão do conhecido vilão, que tem o plano terrível de raptar crianças do Harlem para escravizar em seu mundo.

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Essas três capas originais, permanecem inéditas no Brasil na forma impressa

Fonte: (guiadosquadrinhos.com / guiaebal.com / comicvine.com )


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