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O BREYFOGLE QUE ABRIL ESQUECEU!

>> No dia 24 de agosto, uma segunda-feira Norm Breyfogle um dos desenhistas “Top Five” do Batman infelizmente faleceu. Segundo nota publicada no Universo HQ, ele que já vinha lutando contra as debilidades causadas por um derrame em 2014, que o forçou a se aposentar, teve sua trajetória de vida precocemente abreviada aos 58 anos. Mas esse talento canadense conseguiu deixar mesmo assim uma marca indelével no disputado mercado de comics, promovendo uma ruptura nos padrões convencionais da narrativa gráfica, arregimentando uma pequena legião de admiradores, na qual me incluo.


E mesmo tendo manifestado o meu pesar no UHQ e SubHQ, especializados na Nona Arte, acho que cabe a Batdeira mais uma pequena homenagem.

Aqui no Brasil, boa parte de suas dinâmicas páginas com layouts arrojados escancarando ilustrações estilizadas do Vigilante de Gotham em movimentos acrobáticos de tirar o fôlego juntos a um dos mais atômicos Batmóveis já concebidos foram publicadas pela Editora Abril, na melhor das séries do Morcego - à terceira. No então inovador formato americano, que contou com 30 edições, cinco anuais e um especial passado em Terras Tupiniquins - "Batman no Brasil"; Além da minissérie em duas partes “De Volta ao Asilo Arkham” e um chocante especial do selo Túnel do Tempo chamado “Terror Sagrado”. Geralmente fazendo dupla com o roteirista Alan Grant e dividindo a narrativa gráfica de pequenos arcos de histórias com o Mestre Jim Aparo.


Em maio de 1991, com o número #627 o editor Dennis O’ Neil comemorou as 600 aparições do Homem-Morcego em sua revista seminal, reunindo quatro versões diferentes de sua primeiríssima história, "The Case of Chemical Syndicate" da dupla, Finger & Kane na hoje valiosíssima Detective Comics #27.


Onde além de sua reimpressão temos também a oportunidade de compará-la a "The Cry Of Night is... Kill! I O grito da noite ... é morte súbita!" de Mike Friedrich, Bob Brown & Joe Giella (republicada de DC #387) e é claro, perceber como a mesma pôde ter sua trama deveras simplória, ser transformada em outras duas narrativas complexas, violentas e completamente distintas uma da outra. Produzidas por Marv Holfman, Jim Aparo & Mike DeCarlo e logicamente Alan Grant, Norm Breyfogle & Steve Mitchell.

E Breyfogle ainda coroou a edição com uma belíssima ilustração pintada para a capa e um surpreendente pôster duplo ao final das 80 páginas do gibi, que reproduzo ao final dessa homenagem.


Acontece que essa pequena joia manufaturada, com celulose, pigmentos e cola, foi infelizmente ignorada pela Editora Abril, o motivo? Passados quase 30 anos não importam nem um pouco, mas já que estamos a bordo da Batdeira, porque não imaginá-la publicada? E acredito que a melhor maneira teria sido com BATMAN ANUAL Nº 6 de 1997...

O design adotado pela Abril em todos os cinco números* anteriores seguiu o padrão da época, com o nome Batman dentro de um box inclinado, ao invés de estar interagindo com o ícone do morcego, interferindo assim o mínimo possível nas ilustrações selecionadas e que nessa edição imaginária de número #6 ficaria no mínimo espetacular!


E como a intenção aqui é prestar uma singela homenagem ao falecido artista aproveitei e imaginei também o verso desse Anual com um recorte feito a partir da capa original de Batman #474 que conta parte da história “Destroyer” complementada por DC #641 e The Legends of Dark Knight #27; A trama escrita por Grant & O´Neil gira em torno de vários atentados terroristas que põem abaixo importantes prédios de Gotham, como a Fundação Wayne e o DPGC. E têm Aparo e Chris Sprouse nas outras duas, respectivamente.

Com um detalhe pra lá de interessante: Todas as edições datam de 1992, ano de lançamento de Batman Returns; E a Warner criou uma genial forma de divulgação, aplicando nas capas o Cavaleiro das Trevas sobre os croquis da Gotham City de Anton Furst, o designer britânico dos filmes de Tim Burton.


E já que Destroyer também permanece inédita até hoje, ao final de tudo meu Batman Anual Nº 6 ou como preferirem os mais antigos - Almanaque de Batman para 1997, ficaria bem parrudo como os dois primeiros publicados pela Abril, mas em papel LWC ou até mesmo Offset ao invés do jornal, é claro.

Descanse em Paz, Caro Norm.

Um ponto positivo da Editora Abril, é que ela não se restringia a usar exatamente a capa de uma história contida na própria edição, como faz a Panini quase que obrigatoriamente. Eles usavam outras desde que fossem genéricas, mas eram sempre muito bem escolhidas.


E ela fez isso em quatro dos seus cinco anuais por exemplo: Mike Mignola (1990), Neal Adams (1992), Brian Boland (1994) esse é a exceção, pois pertence a uma das duas histórias da edição, Kelley Jones (1995) e Brian Stelfreeze (1996).


E apenas como curiosidade, as duas imagens dos corner boxes das edições #1 e 2 foram selecionadas de outras edições, são assinadas pelo García-López e... Norm Breyfogle.


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