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QUE PIADA MORTAL FOI ESSA, EBAL?!

>> Com a injeção de ânimo recebida pelo sucesso de Batman: O Cavaleiro das Trevas, em 1986 a EBAL renovou seu contrato* de longa data com a DC e novos formatinhos começaram a pipocar em todas as bancas e o melhor, com regularidade mensal, algo que não vinha acontecendo desde 1981.


As vendas antes minguadas, voltaram a crescer de tal forma que uma das famosas tradições da editora, a publicação dos almanaques de fim-de-ano, foi também resgatada. Mas, se engana quem pensa que esse foi o grande acontecimento de 1988, tal mérito pertence a um ”gibizão” de proporções épicas!

Com a “Edição Monumental de Batman - A Piada Mortal do Coringa" a EBAL esperava repetir (e quem sabe superar) o sucesso obtido com “Cavaleiro das Trevas”. E para tanto, resgatou o formato treasury (27 x 36 cm) de “Super-Homem vs. Muhamed Ali”, que lhe permitiria impactar os leitores de forma irresistível e ainda praticar um valor de capa superior ao das edições magazines.


Nesse caso específico oque deixava à editora tão confiante era a repercussão obtida pela história em seu país de origem, similar ao clássico de Frank Miller; Tanto é que aceleraram sua publicação no Brasil, para que chegasse no mesmo ano, apenas com uma diferença de poucos meses.

A capa conceito original, com o Coringa fotógrafo, que só descobrimos o terrível sentindo lendo a edição, foi considerada pouco chamativa pelos editores na época. Afinal oque é uma edição do Batman "SEM" o Batman na capa?!


A EBAL que já tinha cometido esse erro no passado e por consequência, recebido críticas de seus leitores, obviamente não iria querer repeti-lo, correndo assim o risco de minimizar o impacto de um produto tão importante. Mas, com todo o material bruto de Brian Bolland, o ilustrador da história, a sua disposição, imagens do morcego é que não faltariam. E o resultado obtido foi esse aí de cima.


Onde destacaram o momento transformador do Coringa, tornando-o grande adversário do Homem-Morcego; Que aparece retratado sob a áurea de maldade e loucura do vilão. Essa montagem foi inspirada em uma antiga bat-edição, assinada por "Rodric", artista do seleto grupo de capistas da EBAL.


E é bom salientar também, que devido a várias cartas recebidas de mães que expressavam suas preocupações com a influência danosa do conteúdo do "Cavaleiro das Trevas", na mente de seus inocentes pimpolhos, fãs das reprises da bat-série de Adam West na TV, uma recomendação de “Não aconselhado para menores de 18 anos”, foi adotada por precaução.

Mas genial mesmo ficou a 4ª capa, onde os editores aplicaram "closes" dos personagens centrais da trama juntos a enigmáticas frases sobre o conteúdo, aguçando ao máximo a curiosidade dos leitores.


Curiosidade essa que já vinha sendo atiçada meses antes, graças ao repeteco exaustivo de um anúncio no miolo de todos os formatinhos; Pois se vocês pensam que a EBAL seria boba de desperdiçar a capa original de “The Killing Joke”, estão muito enganados...

Com uma pequena, mas fundamental intervenção gráfica a mesma foi devidamente aproveitada, após ser ampliada como um espetacular cartaz de ponto de venda fixado nas bancas, no dia em que as edições foram distribuídas. Nem preciso dizer que décadas mais tarde essa peça publicitária se tornou rara e passou a ser avidamente disputada pelos colecionadores.

Essa realidade imaginária, onde a EBAL renovou seu contrato de exclusividade com a DC guarda ainda muitas surpresas; Aguardem então o fantástico retorno da Batdeira a "... dimensão que é tão vasta como o espaço e tão desprovida de tempo como o infinito..."

Na Galeria final temos "The Joker #2 por Ernie Chan/Irv Novick, a errônea escolha da EBAL para Batman em Formatinho #1, relegando a titânica luta entre o Morcego e o Pantera (com um Coringa de Juiz), de “The Brave and The Bold #118” assinada por Jim Aparo para o miolo. E na sequência a inspiradora capa de “Rodric” (ou Roberto Ricardo Santolli), para Batman P&B #2 (4ª série), que mesclava ilustrações baseadas no traço de Neal Adams, retiradas do antológico Batman #251.

 

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