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ALMANAQUES PERDIDOS DA EBAL [8]

  • Foto do escritor: vamilustrador
    vamilustrador
  • 22 de jan. de 2022
  • 5 min de leitura

>> "O MAIOR grupo de heróis já apresentado em uma só revista, é oque contém esta edição de Quadrinhos". Assim começava mais uma "Conversa do Redator" (por vezes também chamada de "Conversa do Diretor"), a coluna regular mantida pela redação da EBAL durante anos seguidos, sempre dedicada a informar e responder dúvidas dos leitores sobre as diversas publicações da editora do bairro de São Cristóvão.


A edição em questão era nada mais nada menos do que o 1º número em cores de Os Justiceiros ou como décadas mais tarde, já sob os cuidados da Editora Abril, passaram a ser conhecidos: Liga da Justiça da América. Mas oque começou com pompa e circunstância, não passou de fogo de palha, já que os números seguintes nunca vieram a sair, simbolizando não uma guinada nas publicações, mas sim o seu ápice no Brasil.

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Um editorial bem bacana que de nada valeria, sem a continuação do título


Poucos meses depois em Dezembro do mesmo ano, a revista mensal e P&B do grupo também seria descontinuada, na edição nº 26. E as aventuras que já tinham sido compradas pelos Aizen passariam a ser utilizadas como "tapa buraco" em Superboy-BI e Batman-BI (que republicavam antigas aventuras desses dois heróis à cada dois meses) entre os anos de 1970-75. Além de algumas outras revistas avulsas, com destaque para o Almanaque dos Superamigos de 77. Mas em todas não havia qualquer menção a presença do grupo como parte integrante das revistas. Um verdadeiro super descaso!


Mas por qual motivo um titulo que reunia os mais famosos heróis da DC, na época ainda chamada National, não obteve o mesmo sucesso por aqui, enquanto que em seu país de origem aconteceu exatamente o contrário?


Sem uma explicação oficial ou uma que seja melhor, vou "chutar" que foi pela forma como a EBAL publicou as aventuras do grupo. A LJA que foi criada pelo editor Gardner Fox em novembro de 1960, só deu as caras por aqui oito anos depois, em novembro de 1968 quando o jovem roteirista Dennis O´Neil já implementava grandes alterações em títulos como Green Lantern, Wonder Woman e o próprio Justice League of America, refletindo as transformações que estavam acontecendo no mundo em suas páginas e essas mudanças sociais e de costumes não eram poucas.

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As histórias saíram desordenadas: Nº 01 c/edição 26; Nº 05 c/edição 42;

Nº 06 c/edição 44; Nº 10 c/edição 51; Nº 15 c/edição 01; Nº 28 c/edição 14


Dennis O´Neil foi um revolucionário por natureza, ele é fácil um dos profissionais mais influentes do segmento super heroico, foi responsável por grandes inovações no mercado, tanto na DC quanto na Marvel. Na Liga da Justiça, ele inovou de três formas: alterou tanto a personalidade quanto o visual do Arqueiro Verde, (com ajuda de Neal Adams); efetivou a Canário Negro da Terra 2 como nova integrante feminina da equipe da Terra 1 (LJA #75) e o principal de tudo, mudou o QG da Liga da Justiça após sua localização ser descoberta por um espião infiltrando dentro do grupo, para um satélite em órbita ao redor de nosso planeta (LJA #77-78). Ao todo, não foram muitas edições é verdade, apenas dezessete histórias, mas elas deram o tom do que seria trabalhado nos anos seguintes não só no título conjunto como em edições solo dos integrantes da super equipe.

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Três edições de tirar o fôlego, O´Neil chegou metendo o pé na porta!


A edição de estreia de O´Neil (JLA #66) c/ capa de Adams foi a escolhida para Os Justiceiros em Cores #1 (Jul/69), já a edição seguinte escrita por ele, JLA #68 acabou saindo somente três anos depois, em Invictus em Cores #5 (Out/72), com uma capa "ligeiramente" modificada pela EBAL, que por fim viria a publicar somente duas das dezessete aventuras citadas. Uma pena realmente, pois todas poderiam ter sido publicadas na revista "em cores" formando assim uma curta série bem bacana de se ter na coleção.

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Em ilustração de Neal Adams ninguém mexe, já na capa do Dick Dillin...


Mesmo tendo falado bastante sobre a passagem de O´Neil pelo título da JLA, essa nova etapa do projeto imaginário mais bem sucedido da Batdeira, não irá utilizar nenhuma das histórias que a compõe, vou aproveitar para resgatar outras aventuras que foram puladas pela EBAL, antes dele dar o ar de sua graça, mas nem por isso essa edição perdida, será menos surpreendente, afinal ela reúne...

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O Almanaque Quadrinhos "NA ONDA 1969" é uma edição bem muquirana, digo isso porque tendo a sua disposição 100 páginas, ele tem apenas uma história inédita que é a do grupo, acompanhada de várias aventuras solo de seus integrantes com a maior cara de republicações.

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Essa onda 1969 ficou muito mais para "marola", isso sim


Já o meu imaginário Almanaque Quadrinhos 1970 traria quatro edições puladas, destacando em duas delas (JLA #43 e #54) um super grupo de vilões com um visual temático muito criativo - a "Royal Flush Gang" ou como foi chamada posteriormente pela editora "Quadrilha da Sequência Real".

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O visual bacana dos personagens foi criado por Mike Sekowsky, que ilustrou as primeiras 63 edições de Justice League of America. Já a sua origem é no mínimo bisonha: Amos Fortune inventou uma máquina capaz de energizar com o poder das estrelas qualquer objeto que ele quisesse, mas ao invés de ficar milionário patenteando o invento, achou melhor chamar alguns conhecidos e juntos formarem uma digamos, "gangue do baralho" para cometer assaltos, todos vestidos como cartas.

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As outras duas histórias complementares (JLA #46-47) trariam uma aventura em duas partes, onde Os Justiceiros se reencontrariam com a Sociedade da Justiça, que também fez sua estreia na EBAL em Os Justiceiros #1 (Set/67). Para juntos enfrentarem o gigante bestial Solomon Grundy, o bestial gigante Arrasa-Quarteirão e o gigante (esse grande mesmo) Homem de Anti-Matéria, que por sinal foi resgatado em 2019 pelo controverso e caçador de conceitos antigos Grant Morrison na mais recente série do Lanterna Verde.

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Para finalizar, se vocês depois de toda a falácia sobre Dennis O´Neil na DC, ficaram com vontade de ver como seria um almanaque imaginário com material escrito por ele, continuem visitando a Batdeira.

Fonte: (guiadosquadrinhos.com / guiaebal.com / comicvine.com)


>>Todos os personagens, logotipos e elementos são marcas registradas e seus direitos pertencem as suas respectivas empresas e criadores. Todos os direitos reservados. Este site não é autorizado pelos mesmos. Este é um site de fã dedicado a alegria de colecionar os personagens citados e nenhuma infração de direito autoral é intencional. >> All characters and all things related to characters, logotypes and elements are trademarks of and © belong to their respective companies and creators. All rights reserved. This site is not authorized by any companie or creator. This is a fan site dedicated to joy of collecting no copyright infringement is intended.

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