DKR TRINTÃO. ESSE SIM, DEFINITIVO!
>> No próximo dia 16, se completam três décadas desde que um combatente do crime, resolveu sair da aposentadoria (muito mais atormentado do que quando enveredou pelo caminho do vigilantismo), movido pelo inconformismo diante de um tsunami de criminalidade que assolava sua tão querida cidade natal.
Estou me referindo a sensacional história em quadrinhos - Batman The Dark Knight Returns ou Cavaleiro das Trevas, responsável por mudar a maneira como os quadrinhos eram então percebidos tanto pela grande mídia, como também pelo público pouco afeito a nona arte.
Publicada um ano após sua conclusão nos Estados Unidos, a primeira "mini-série especial de luxo" da Editora Abril, iniciou a "Era dos Quadrinhos Adultos no Brasil".
Bater ponto por quatro meses na banca do bairro, foi uma experiência prazerosa ao mesmo tempo que angustiante, pois a cada edição aumentavam as minhas surpresas e expectativas pela conclusão da trama revolucionária de Frank Miller.
E falando em surpresa, a maior de todas eu tive ao ouvir o 21º Podcast do Universo HQ, (dedicado as traduções de quadrinhos - "Traduz pra Mim") com uma revelação do polêmico editor e tradutor Jotapê, de que por muito pouco, essa obra-prima dos quadrinhos, não foi impressa em formatinho; Decisão revertida graças a publicação de uma matéria de página inteira do Caderno 2, do Estado de São Paulo.
Mesmo assim a oportuna matéria, não conseguiu mudar a decisão de que novas capas com fundos coloridos em aquarelas vibrantes e letras garrafais deveriam estampar as edições nacionais no lugar das sombrias e conceituais, imaginadas por Miller.
E já que em 1987 internet era coisa de filme, só fui conhecer a 1º das quatro capas originais quando a Abril lançou um encadernado no ano seguinte. Oque me fez comprá-lo também, impactado pela silhueta do Homem-Morcego em alto contraste com o céu noturno relampejante. Mas era uma encadernação muito ruim aquela, as páginas começaram a soltar e acabei passando pra frente.
Nos anos seguintes, o Cavaleiro das Trevas foi republicado várias vezes em formatos diferentes e com eles descobri as três capas restantes, mas a Abril ficou devendo uma edição capa dura de colecionador. E isso é compreensível, pois naquela época, esse privilégio raríssimo, só lembro de ter sido concedido a Will Eisner, com a Graphic Novel - No Coração da Tempestade, vendida pelo reembolso postal.
Esse lapso foi corrigido após a Panini assumir a DC Comics no Brasil, curiosamente no ano em que DK2 (a dispensável continuação da história), estava com sua publicação atrasada pela Abril. E de 2002 pra cá, várias foram as republicações tanto em capa cartão como capa dura, mas com um pequeno (ou grande) detalhe, sempre trazendo as duas histórias juntas.
Agora, bom mesmo seria uma edição definitiva e exclusiva, contendo somente a mini-série original. E imaginar como poderia ser esse design é oque me propus a fazer aqui na Batdeira:
Na minha edição de 30 Anos, as dimensões teriam que ser maiores do que o tradicional definitivo adotado pela Panini, imaginei algo similar ao escolhido pela Mythos para Conan: O Libertador. Só que ao invés de um único encadernado, dividi a mini-série em duas partes, resgatando assim dois dos subtítulos utilizados em 86/87 pela DC/Abril: Batman O Cavaleiro das Trevas - Ressurge & A Queda.
Dessa forma as inovadoras ilustrações de capa, em silhueta ganhariam o máximo de destaque como dois poderosos posters, onde a diagramação dos títulos apenas serviriam de base e os nomes de Frank Miller, Klaus Janson e Linn Varley seriam impressos somente com verniz, ficando muito suaves.
Já no verso, "estouradonas" outras impressionantes ilustrações de página inteira criadas para a história, foram aplicadas em negativo. Quanto a lombada, fatiar o batsinal ao meio me pareceu uma solução um tanto óbvia, mas mesmo assim o resultado se mostrou bastante funcional.
Dividir em dois volumes, tem um motivo prático também; Tornar o ato de leitura mais confortável. Conan: O Libertador, cansa os braços depois de um tempo. E mesmo que a quantidade de páginas seja inferior no caso do Cavaleiro das Trevas, penso que dois volumes seja o ideal, alias a Abril fez assim em uma de suas últimas republicações nos Anos 90.
Mas é nos boxes, que está toda a graça desse exercício criativo! Onde me permiti liberdade total nas composições de dois layouts bem distintos:
No primeiro, reinterpretei o conceito da capa da 3ª edição gringa, com ajuda da 2ª edição:
Empolgado pelo projeto, fiz mais simulações de outros ângulos também:
Já no segundo, selecionei outras ilustrações em silhueta, que através do efeito negativo, deixaram bem marcadas as pinceladas em nanquim de Klaus Janson e ainda apliquei um fundo, com pinceladas também, tornando o resultado bem harmonioso:
Os mais atentos irão perceber que nessas simulações deitadas é possível notar a existência de um "dentre" nos boxes. Coloquei ele como opção, para melhor manusear os dois volumes:
A Panini até o final desse ano, bem que poderia surpreender todo mundo, trazendo uma das duas edições de trigésimo aniversário lançadas pela DC Comics. Eu compraria com um grande sorriso no rosto, afinal só tenho a mini-série de 87, pois nunca quis adquirir os encadernados.
ADENDO: Agradeço ao Planeta Gibi, pela precisão na data de publicação da 1ª edição da Abril, em Março/87.
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