BYE BYE, KRYPTONITA!
>> Voltando a falar sobre os clássicos do Superman, uma sequência de histórias batizadas como Kryptonite Nevermore marcou a primeira iniciativa da DC em atualizar o mito do Homem de Aço para uma nova geração de leitores. Esse título de bastante efeito, originalmente estampava a capa de Superman #233 em Jan/1971. A história conta como Kal-El se tornou imune a mortal Kryptonita e uma das formas dele demostrar isso é bastante nonsense, ao "mastigar" uma das pedras radioativas, num pequeno interlúdio cômico, antes do herói enfrentar a Criatura de Areia, uma espécie de Golem que mimetizava sua imagem e poderes, a partir da edição seguinte.
A saga, composta por 9 edições (Superman #233-238/240-242) foi escrita por Dennis O´Neil, sobe os auspícios do editor Julius Schwartz quando este assumiu os super-títulos. Neal Adams parceiro habitual de O´Neil, dessa vez ficaria responsável somente pelas capas, enquanto que a histórias ainda estampariam o longevo e inconfundível estilo de Curt Swan.
Kryptonite Nevermore faz parte da fase mais criativa da carreira de O´Neil, junto com seus revolucionários roteiros para as revistas do Batman e Lanterna Verde/Arqueiro Verde. Tanto que é sempre lembrada aos antigos fãs e constantemente apresentada aos novos, graças as diversas republicações que a DC tem feito ao longo dos anos. Mas aqui no Brasil, até hoje ela nunca ganhou um único encadernado sequer.
Mas saibam vocês que esse lapso, pode ser consertado num futuro bem próximo. Pois não é que, essa saga se encaixaria perfeitamente no conceito da Coleção Lendas do Homem de Aço da Panini?
É justamente para sugerir à editora esse lançamento, que se destina o meu novo projeto:
A ilustração criada para a edição #233 é uma das mais icônicas do personagem e aplicada no meu layout dos Grandes Desafios do Homem de Aço fica ainda mais impactante.
Na contra-capa um pequeno texto ressalta as contribuições revolucionárias de O´Neil para a editora estado-unidense, junto a outra ilustração de Adams produzida para Action Comics #485...
... que republicou a história pela 1ª vez. E através dessa arte aberta, podemos compara-las lado a lado, percebendo a evolução do artista nos oito anos que separam uma e outra:
Mesmo tendo gostado muito desse resultado final, fiquei achando que poderia ter ido mais além nesse projeto e portanto me desafiei a repensar todo o layout como uma edição especial, totalmente à parte da atual coleção:
Além de ocupar praticamente toda a capa com a ilustração de Adams, reservei um lugar de destaque para o título, em tradução livre, KRYPTONITA NUNCA MAIS! que é muito maneiro! E que no layout anterior não era pertinente ser usado.
Na contra-capa uma ampliação da página 8 da edição #233, onde destaquei a sequência hilária da "degustação de kryptonitas"; As expressões do Superman, estão impagáveis e mereciam ser valorizadas. Logo abaixo uma variação do texto de apresentação de O´Neil com novo título:
Com a visão da arte aberta, podemos ver que o resultado ficou bem arrojado; E porque não imaginar a aplicação de uma impressão laminada, como a Panini tem feito em algumas de suas edições? De certo que iria creditar uma certa "sensação de radioatividade" no encadernado.
>> Nessa sequência final: Superman #233 e Action Comics #485, a primeira republicação da DC cuja capa não fez tanto sucesso quanto a original; Que foi reproduzida ao longo dos anos em inúmeras coletâneas e ganhando até um poster pintado por Alex Ross e um kit de montar pela Polar Lights...
... e que curiosamente permanece inédita no Brasil, pois tanto EBAL, Abril e Nova Sampa optaram pela capa de Superman#234, quando começaram a publicar a saga; E sabe lá porque, a Abril ainda pulou a edição #233 que por uma ironia do destino é a única publicada pela Panini, em Superman 70 Anos #1.
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