CHAMADA GERAL: OS 70 ANOS DA EBAL
>> Durante cinquenta anos ela foi responsável pela formação de consecutivas gerações de leitores brasileiros. Fundada pelo Sr. Adolf Aizen, em 18 de Maio de 1945, a EBAL ou Editora Brasil América Ltda, se transformaria nas décadas seguintes num marco da produção de quadrinhos da América Latina. E se não tivesse encerrado suas atividades no mesmo ano de seu cinquentenário, estaria agora completando sete décadas de existência.
Já há algum tempo, venho pensando numa forma de prestar uma singela homenagem. E após pesquisar, venho compartilhar o resultado desse processo de criação - uma coleção, reunindo o que dê melhor e de mais importante passou pela editora e que até hoje se se perpetua no imaginário popular.
Com 20 luxuosos volumes no formatão Treasury Edition, que foi adotado em diversos momentos pela Ebal, essa coleção seria disponibilizada para venda direta através do método mais difundido pela editora em seu tempo, o Serviço de Reembolso Postal...
>> Sempre achei legal a editora adotar o mesmo lay-out para seus almanaques anuais, mudando a temática, a cada novo ano. Assim se desejando, o leitor poderia fazer pequenas coleções, com uma mesma identidade visual.
Isso era uma dentre muitas outras caraterísticas, que considero, tornavam a Ebal única no segmento. Pois independente dos diferentes licenciantes, todos os personagens pareciam pertencer ao mesmo "Ebalverso".
E foi baseado nesse conceito, que montei os volumes da Coleção Os Clássicos da EBAL:
A Batmania deflagrada pela série da Dupla Dinâmica (1966/1968), catapultou as vendas das revistas do Batman às alturas;
Sabe-se lá porque chamaram O Cavaleiro Solitário de Zorro, nem a máscara é igual e nem dá pra dizer que foi algum tonto que teve a ideia;
O Homem-Aranha, maior sucesso da Marvel na Ebal, era publicado tão próximo dos comics originais que ficou sem histórias inéditas por seis meses;
Único representante Nacional dessa seleção, O Judoka foi todo criado e produzido dentro da editora e acabou ganhando até uma produção cinematográfica...
... já Os Reis do Faroeste fazia o caminho inverso, apresentando versões em quadrinhos dos cowboys mais famosos das telas de cinema e tv. Numa de suas últimas séries Jonah Hex, que só ganhou filme em 2010, foi o protagonista;
O Capitão América e o Homem-Aranha foram os únicos heróis Marvel a ganharem séries coloridas, porém Steve Rogers teve o dobro de histórias publicadas, pois além de sua própria revista ele ainda dividia o título do Cabeça de Teia...
Epopéia foi um título que acolheu heróis de todas as Eras da Humanidade. Em uma de suas encarnações o Sgt. Rock e sua Cia da Moleza enfrentaram os horrores da 2ª Guerra;
A EBAL soube aproveitar muito bem a onda de Kung-Fu desencadeada pelo sucesso mundial de Bruce Lee, que por sinal estará fazendo aniversário de 75 anos em Novembro;
E pode parecer deslocado, mas o Marinheiro Popeye merece estar nesse Panteão, pois ele foi o primeiríssimo herói para muitos de nós leitores;
Na EBAL não existia DC nem muito menos MARVEL, Os Vingadores eram somente os seus Super-Heróis (ou da Shell, quando estrearam no Brasil numa campanha publicitária);
E para as musas que mais "bombaram" na editora, tomei a liberdade de criar um título inédito: As Poderosas. Pois além de lindas e glamourosas elas são poderosas mesmo;
O Zorro "de verdade" não poderia ser esquecido e por isso Don Diego de La Vega, ganha um volume com o título de uma de suas séries, que é até nome de filme;
E como se diz no ditado popular: "Os últimos serão os primeiros!" Os Melhores do Mundo, juntos ou separados, foram o maior sucesso da editora, por isso Superman e Batman encerram esta homenagem.
Na sequência, todas lombadas das edições perfiladas e a arte aberta do Volume XIII - Popeye, que aparece no detalhe do anúncio.
>> E pra finalizar, a reprodução do poster central e capas da bela edição comemorativa de 25 Anos: Epopéia - Chamada Geral. Onde o Bonequinho Diretor se despedia com a frase "...e então até 1995!" que quando chegou, infelizmente decretou o fim da Ebal.
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