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VENHA A NÓS O VOSSO REINO!

>> Qual leitor da DC Comics nunca ouviu falar em O Reino do Amanhã? Nessa história ambientada num futuro alternativo, presenciamos um Superman sessentão sair da aposenta na tentativa de conter a onda de violência dos novos super-heróis, agora membros de gangues, que entediadas após eliminarem quase todos os vilões, se confrontam sem dar a mínima para a segurança dos metropolitanos à sua volta. Mas como de boas intenções o Inferno está cheio, esse último ato de altruísmo pode desencadear nada menos do que o Fim dos Tempos. E isso não é exagero, basta observar como o Superman é retratado "emputecido" no último capítulo:

Na época em que foi publicada, pela Editora Abril, essa história impactou de forma tão grande os leitores e a crítica especializada, que até hoje as vésperas de completar 20 anos do seu lançamento, ela ainda é uma referência no gênero. Figurando ao lado de outras consagradas narrativas gráficas como Watchmen, Cavaleiro das Trevas e Crise nas Infinitas Terras. MAS... não é exatamente sobre essa mini-série, que inclusive já ganhou uma bela Edição Definitiva pela Panini Comics, que trato no último projeto do ano, aqui na Batdeira e sim sobre aquela que pode ser considerada como sua continuação. E que aparentemente passou despercebida por vários leitores, tanto que não lembro de ver sua republicação pleiteada.

Durante sua passagem pelo título da SJA, o então roteirista iniciante Geoff Johns (hoje Presidente da DC Entertainment - que gerencia os filmes da DC na Warner) foi responsável pelo revigorar desse que foi o 1º grupo de heróis da editora. Com a intenção de reapresentar a Sociedade da Justiça da América a uma nova geração de leitores, criou personagens e resgatou outros esquecidos, tornando-a uma grande família ao propor que vários dos integrantes atuariam, alguns ao lado de seus filhos, como mentores perpetuando assim o legado da equipe.


E é para desestabilizar essa estrutura que surge um Super Coroa, vindo de um Reino atormentado por heróis extremados, que pode estar vivenciando seus últimos dias sem esperanças de um novo Amanhã. E pra piorar no seu rastro surge um camarada com enxertos biônicos chamado de Magog, com o conflito instalado todos ainda terão que lidar com o surgimento de nova entidade auto-denominada como GOG!


Publicada no mix do título da Liga da Justiça, entre as edições 73 a 88, essa grande aventura acabou não ganhando o merecido destaque na época. Co-argumentada por Alex Ross (que pinta as memórias do Superman do Amanhã) e com os magníficos desenhos de Dale Eaglesham, considero o arco "Thy Kingdom Come" o suprassumo do que foi editado na revista.

Batizando como "SJA e o Viajante do Reino do Amanhã", imaginei um encadernadão do porte dos maiores já editados pela Panini (como Universo-X ou Sadman Definitivo) para reunir todas as 19 edições da saga;


>> Escolhi três belas e emblemáticas capas, dentre todas as pintadas por Ross, fundindo duas delas, (JSA #10 e #13) para criar essa que vocês estão vendo. E por um bom motivo, dessa forma evidencio o principal apelo comercial da edição (ser uma continuação de Kingdom Come) reservando ao mesmo tempo um espaço relevante aos principais personagens da equipe título;


>> Título esse, diagramado de forma concisa e dinâmica, fazendo também uma importante conexão à Edição Definitiva da Panini, inclusive com letras similares. E em termos sonoros ele é bem imponente - falem em voz alta e irão concordar comigo;


>> Esse logotipo da SJA foi retirado de JSA# 47, é ainda inédito no Brasil - Quando publicou um anual da série a Panini adotou outro diferente, que considero menos dinâmico;

>> Na lombada, o que chama atenção são as ilustrações dos veteranos Lanterna Verde e Joel Ciclone posados ao lado da Poderosa e o Superman voando de encontro ao leitor (ele retirado da Wizmania #6), os demais de capas da JSA;


>> No verso uma típica "Cena Ross", com diversos personagens que interagem na série voando para o "alto e além" e uma pequena introdução para os desavisados;


>> Como toque final, imaginei esse encadernado valorizado ainda mais, pela hoje consagrada, impressão laminada da Panini.


E agora que a fase Novos 52 terminou e o conceito de Multiverso voltou a existir, acredito que a Panini poderá considerar essa sugestão como uma ótima forma de capitalizar em cima da data comemorativa, inclusive até abrindo caminho para a republicação da Edição Definitiva de 2013.


Bom é isso, me despeço agora colegas da Batdeira, agradecido pela audiência - que esse ano aumentou substancialmente - e renovo meus votos para um 2017 com mais e melhores quadrinhos para todos!


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